Foi o primeiro papa americano e o primeiro do hemisfério sul global. O primeiro papa jesuíta. O primeiro papa a escolher chamar-se Francisco e a trazer a filosofia do santo de Assis para o Vaticano. O primeiro papa a escrever uma autobiografia.
A sua figura carismática marcou uma época, assinalando um ponto de viragem significativo não só na Igreja, mas também na perceção do papel do Papa no contexto global, que voltou a ser não só uma autoridade espiritual, mas um verdadeiro líder mundial, notavelmente ativo nas relações internacionais.
Um líder dedicado à justiça social, que não se deixou corromper pelo poder, mas trouxe para o Vaticano toda a humildade da sua história e experiência como pastor de um país do Sul global, dando uma nova centralidade à misericórdia e ao cuidado com os pobres.
"O meu povo é pobre e eu sou um deles", disse uma vez para explicar a sua opção de se deslocar em transportes públicos em vez de um motorista, de viver num apartamento e de preparar o seu próprio jantar, apesar de viver na residência episcopal na altura do seu arcebispado em Buenos Aires.
Um estilo de vida reafirmado mesmo após a sua chegada a Roma, através de vários gestos de rutura com o luxo e as práticas do Vaticano: escolheu imediatamente residir em Santa Marta em vez da residência papal e simplificou o vestuário e os ritos fúnebres, considerados demasiado luxuosos.
A vida do Papa Francisco foi uma vida de cinema. Não é por acaso que, pouco antes da sua morte, a Lucky Red adquiriu os direitos cinematográficos da autobiografia Life. A Minha História na...
[Short citation of 8% of the original article]